No último domingo (11), o Ministério Público da Bahia notificou a banda “Oh Polêmico” e seu vocalista Davison Nascimento para exigir esclarecimentos sobre suposta fala homofóbica de Davison, por ocasião da apresentação do grupo no carnaval de Salvador. Segundo os promotores, o músico teria pausado o show, para afirmar que “fazendo uma festa, e um monte de homens se beijando. Vai curtir o bloco. Cheio de mulher aqui.”
Em sua conta no Instagram, Davison justificou a conduta, e disse: “não sou homofóbico. Não tenho nada contra, super apoio os LGBTs. Família, isso é uma gíria que se usa muito da comunidade quando está rolando muita briga, muita covardia. Então eu parei e falei: vão ficar nessa aí, se pegando, ao invés de curtir e de dançar?”
Indago aos promotores quem teriam sido os ofendidos pelo músico, já que ele fez uma exclamação genérica, dirigida a um coletivo de espectadores. Indago, ainda, em que residiria a “ofensa”, pois ele constatou os beijos trocados entre os homens, e externou um conselho para que eles, no seu entender (dele, Davison), pudessem efetivamente “curtir o bloco”. E nem sei o porquê de estarmos todos nós, o MP, os músicos, eu e você, leitor, debatendo uma pseudo-polêmica em torno de simples fala.
Assim como os membros da audiência tinham direito a beijar quem quer que fosse, os músicos, ou quaisquer terceiros, tinham pleno direito de criticar, e até de recomendar a adoção de outros comportamentos. É imperioso o respeito a todas as liberdades (de escolha sexual e de expressão), desde que um individuo não cause danos efetivos a outro. E enxergar a observação do cantor como um “dano” só pode ser mimimi de podres de mimados.
Fonte: Poder 360
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