Em vídeo publicado nas redes sociais, na última sexta-feira (16), o presidente da seccional mineira da OAB (OAB/MG), Sérgio Leonardo, comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de autorização da Operação Tempus Veritatis. Na gravação, teceu duras críticas à atuação do togado, em particular, no tocante às recentes violações às prerrogativas dos advogados.
Em alusão específica à proibição estabelecida por Moraes de contato dos causídicos entre si, Leonardo afirmou que “tentam amarrar as mãos da advocacia, atacando frontalmente o livre exercício da profissão. Mais uma vez, agindo sem respaldo legal, de forma arbitrária e autoritária. Não podemos ficar inertes diante de ataques à advocacia, que é a voz do cidadão perante o sistema de justiça. Somos essa voz, e se formos calados todos os cidadãos estarão indefesos.”
Também criticou seus pares que calam diante dos arbítrios. Segundo Leonardo, “ontem, proibiram os advogados de conversarem entre si, mas, como não fazemos parte do grupo, nós nada fizemos. Amanhã, se decidirem cercear a minha, a sua, a nossa liberdade, o nosso direito de defesa, o exercício pleno da cidadania no nosso país, pode não ter ninguém mais para nos socorrer, pois nada fizemos.”
Endosso cada vírgula do colega. Em particular, em relação aos advogados – e, acrescento eu, a todos os operadores do direito –, que, em nosso regime atual, simplesmente não podem se omitir diante da demolição da institucionalidade. Em momentos como esse, o silêncio é a conivência covarde.
Fonte: Revista Oeste
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