O partido NOVO ingressou com ação perante a justiça eleitoral contra o deputado Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, pela prática de propaganda eleitoral durante o último carnaval. Segundo a sigla, Boulos teria utilizado leques com os dizeres “Fica, vai ter bolo” e “SP + gostosa com bolo”, embora a palavra “bolo” tenha sido, em ambos os casos, substituída pelo desenho do doce. Nas palavras de Marina Helena, pré-candidata ao executivo municipal da capital paulistana, “não vamos tolerar tentativas de ganho eleitoral que burlam a legislação. Aqueles que tentam se antecipar na corrida eleitoral demonstram não apenas desrespeito pelas regras, mas também pela vontade do povo.”
O MDB também denunciou a suposta campanha antecipada de Boulos à justiça eleitoral. Conforme afirmado pelo diretório municipal do partido, “a ação constituiu na farta distribuição de brindes ao público, como leques com slogans promocionais da pessoa do pré-candidato Guilherme Boulos, bem como na distribuição de materiais de propaganda a seu favor, associando–o à festa pública de rua e aos “blocos” de carnaval que lhe serviram de palanque.”
O proveito tirado a partir da identidade fonética entre a pronúncia de seu sobrenome e o substantivo designativo de guloseima irresistível para a maioria da população (“bolo”) denota disfarce e ardil do pré-candidato Boulos. A substituição da palavra pela representação gráfica do doce é mais um indicativo de covardia daqueles que sequer assumem seus malfeitos, e lançam mão de artimanhas para tentarem burlar dispositivos legais válidos para todas as candidaturas. Na recente folia momesca, o parlamentar não só apoiou escola de samba que atentou contra a honra de uma instituição de estado (PM), como ainda aproveitou para lançar antecipadamente seu nome na corrida eleitoral.
A maior capital da América Latina não merece um “bolo” desses.
Fonte: Gazeta do Povo
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