O ministro do STF Gilmar Mendes e o pastor Silas Malafaia teriam conversado, por telefone, uma semana antes da realização do ato do último domingo (25), na Avenida Paulista. Foi a notícia veiculada pelo portal Metrópoles, nesta terça-feira (27).
Segundo o jornalista Igor Gadelha, Gilmar teria dito a Malafaia que não seria conveniente “acirrar os ânimos”, ao que Malafaia, organizador da manifestação, teria respondido ao togado que ninguém faria críticas ao Supremo durante as falas, com exceção do próprio pastor. Ainda de acordo com a matéria, o líder religioso teria antecipado a Gilmar sua fala sobre o ministro Alexandre de Moraes, e suas críticas à atuação do ministro como relator do inquérito sobre um pretenso golpe e autointitulada vítima dos tais “golpistas”. Conforme revelado por aliados de Malafaia ouvidos pelo jornalista, o pastor manteria contato direto com Gilmar, inclusive, para enviar ao magistrado seus vídeos contendo ataques ao STF.
Se verdadeiras, as informações trazidas pelo portal descortinariam um teatro macabro. Pelo lado do togado, seria mais uma conduta praticada fora dos autos, em visível tentativa de interferir e censurar o teor das palavras proferidas durante evento protagonizado por um acusado (Bolsonaro) sob sua jurisdição. Pelo de Malafaia, estaríamos diante de cooptação de um dito representante da sociedade civil, que, antes da manifestação popular, teria acertado os “detalhes” com membro do tribunal alvo das críticas.
A cada minuto de silêncio de Gilmar e de Malafaia diante da notícia, crescem as suspeitas sobre a veracidade dos fatos, e murcham nossas esperanças de reação autêntica ao autoritarismo. Teria sido o discurso do pastor uma encenação bem montada?
Fonte: Metrópoles
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