Conforme noticiado aqui, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente por suposta falsificação de seu comprovante de vacinação contra Covid-19. Segundo relatório divulgado há pouco, as autoridades policiais ainda suspeitam de um possível elo entre fraudes em cartões de vacina e um pretenso golpe orquestrado por Jair Bolsonaro. Nas palavras das autoridades policiais, “[a inserção de dados falsos de vacinação] pode ter sido utilizada pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para a entrada e permanência no exterior.”
Uma coisa é cumprir dever de ofício de investigar eventuais falsificações. Outra bem distinta – e desprovida de qualquer relação com obrigações funcionais! – é lançar mão de uma posição de autoridade no aparato investigativo estatal para urdir narrativas das mais mirabolantes, em uma manobra falaciosa para associar eventual conduta de forja de documentos a uma tentativa de abolição violenta do estado democrático. No Brasil onde o tom burlesco das narrativas oficiais se supera a cada dia, golpe de estado não é mais desferido por meio de bombas, canhões ou baionetas. Por aqui, pelo menos segundo o mainstream luloalexandrino, tramas “golpistas” se concretizam via minuta de estado de defesa, e, agora, via falsificação de certidões de vacinação. É de esgotar a razoabilidade e a paciência de qualquer um!
Fonte: Poder 360
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