Em reunião na sede da STF, a ministra da igualdade racial, Anielle Franco, entregou ao ministro Barroso, presidente da corte, o Plano da Juventude Negra Viva, juntamente com uma camiseta contendo os dizeres “Brasil pela igualdade racial”. Trata-se de um projeto de Anielle, a ser lançado nesta quinta-feira (21) ao custo estimado de R$ 665 milhões, supostamente destinado a reduzir a “violência letal contra jovens negros e solução problemas como a evasão escolar.” Outras metas consistem na nacionalização do uso de câmeras corporais e no treinamento a agentes de segurança com vistas à “redução da violência”.
Diante do registro fotográfico do encontro, resta a pergunta óbvia: qual o papel de Barroso em tudo isso? Teria ido Anielle até o togado, em busca de uma chancela prévia ao seu plano? Ou teria a dupla acertado detalhes sobre a “harmonização” dos entendimentos das cortes brasileiras, perante as quais jovens negros devam ser a priori inocentados de quaisquer acusações, ou venham a receber boas indenizações por injúria racial após qualquer briguinha de bar?
Seja como for, togado tem de restringir sua atuação à composição de litígios nos autos de processos submetidos a ele, de acordo com a legislação vigente. Porém, nos últimos anos, não tem funcionado assim na Terra Brasilis.
Fonte: Revista Oeste
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