Na última terça-feira (26), o juiz Diego Câmara, da 17ª Vara do Distrito Federal, ordenou a suspensão de seis processos movidos pela Receita Federal contra Fábio Luís Lula da Silva, primogênito do atual ocupante do Planalto. O filho de Lula havia requerido a suspensão dos casos, em caráter de urgência, sob as alegações de que suas empresas teriam sido submetidas a procedimentos fiscalizatórios irregulares por parte da Receita, pois baseados em provas obtidas na Operação Lava-Jato, e já anuladas pelo STF. As investigações, no âmbito da LJ, haviam mirado suspeitas de repasses milionários da Oi à Gamecorp, uma das empresas de Lulinha, de 2004 a 2016, em plena era lulopetista.
O magistrado brasilense prontamente atendeu ao pedido de Lulinha, e determinou a suspensão dos processos, tudo sob a justificativa canalha sobre uma suposta nulidade das provas colhidas nos anos da Lava-Jato, pois obtidas em casos capitaneados pelo então juiz Moro, que veio a ser declarado “suspeito” pelo Supremo.
Todos sabemos que o STF se tornou uma corte política, formada por lacaios dos nossos caciques, e sempre prontos a abusarem de suas togas em benefício pessoal de seus nomeantes. Deplorável, porém, é constatar que todos os demais tribunais vêm acatando e cumprindo, com docilidade, deliberações supremas que eles, como magistrados e operadores do direito, sabem manifestamente inconstitucionais e ilegais. Assim se constrói um aparato autoritário: basta a voz de arbítrio dos membros da cúpula para que os demais se tornem “executores” de verdadeiras monstruosidades.
Fonte: Revista Oeste
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